Um motociclista com muitas realizações no destino

02/08/2021 12:00 1095 visualizações

Um homem dedicado ao trabalho. É assim que Luiz Diogo Paredes dos Santos se define. Todavia, a grande paixão desse biólogo por formação e servidor público do Poder Judiciário há mais de 30 anos sempre foi o motociclismo.

Nascido em Corumbá no ano de 1964, já aos 19 anos de idade Luiz Diogo foi aprovado no concurso do TJMS e tomou posse como auxiliar judiciário, iniciando sua carreira na 3ª Vara Cível da cidade natal. “Trabalhei na 3ª Vara por 25 anos, até 2008. Lembro que meu primeiro chefe foi o hoje Desembargador Joenildo de Sousa Chaves”, recorda.

Luiz Diogo somente deixou seu primeiro local de serviço para trabalhar como assistente técnico de informática no suporte técnico e de apoio ao SAJ da comarca de Corumbá, onde continua a atuar. Desde fevereiro de 2000, no entanto, ele já participava da equipe responsável pela implantação do sistema SAJ e pela transição de processos físicos para eletrônicos em várias comarcas, inclusive na capital do Estado.

Apesar de ostentar uma longa e estável carreira no funcionalismo público, exercida na mesma cidade em que nasceu, engana-se quem imagina Luiz Diogo apenas como um homem preocupado em levar uma vida segura, constante e pacata de interior, pois em paralelo à vida certa de um servidor público, sempre esteve o amor pelo motociclismo.

“Desde a adolescência sempre fui apaixonado por motos. Aprendi a pilotar aos 17 anos, mas só consegui comprar minha primeira motocicleta, uma Honda CG 125, em 1989, aos 34 anos. Com ela já fiz minha primeira viagem pela estrada. Eu e minha esposa fomos até Campo Grande”.

De lá pra cá, as cilindradas só fizeram aumentar. Logo, Luiz Diogo trocou sua primeira moto por uma Honda CB Twister 250 e depois por uma Yamaha Fazer 250. Foi em 2014, porém, que ele ingressou no mundo das altas cilindradas, tendo adquirido, ao longo do tempo, uma Honda CB 500, uma Honda NC 750X e uma Triumph Tiger 800. Hoje, Luiz Diogo pilota uma Triumph Tiger 900 GT.

“Em 2014 um amigo motociclista me convidou para participar do grupo ‘Estradeiros’, de pessoas apaixonadas por motos e por viajar com elas. Foi nesse momento que o hobby tomou maiores proporções”.

Com o grupo de motociclistas fundado em Corumbá em 2002 e que conta com aproximadamente 30 pessoas, incluídas as esposas dos participantes, Luiz Diogo realizou uma série de viagens, uma mais desafiadora do que a outra. As primeiras foram para várias cidades do próprio Estado. Posteriormente, vieram as viagens pelas regiões de serra do país. “Fomos até a Serra do Rastro da Serpente em São Paulo, Serra da Graciosa no Paraná, Serra do Rio do Rastro de Santa Catarina, e Serra Gaúcha no Rio Grande do Sul”, enumera com deleite na voz.

Desbravada boa parte do país, veio a hora de pilotar por estradas internacionais. Assim como as cilindradas aumentaram com o tempo, também os quilômetros marcados no odômetro cresceram. Na companhia dos “Estradeiros”, Luiz Diogo percorreu os caminhos que ligam Santa Cruz, Potosi, Oruro, Cochabamba e o célebre Salar de Uyuni  - o maior deserto de sal do mundo - na Bolívia, Assunción, Concepción e Encarnación no Paraguai, bem como Salta, Jujuy, Purmamarca e Formosa na Argentina.

“Em fevereiro de 2020 realizei o grande sonho de conhecer um marco para o motociclismo mundial: a Mão do Deserto. Ela fica no Deserto do Atacama, região de Antofagasta, no Chile. Foram 5 mil quilômetros de viagem, passando pela Bolívia, Argentina e Chile”, comemora o motociclista por paixão, que compartilha ainda que, tão logo seja possível, gostaria de pilotar pelo litoral nordestino, da Bahia ao Ceará, voltando por Maranhão, Piauí e Tocantins.

Indagado sobre a inspiração para sair viajando em apenas duas rodas, Luiz Diogo faz questão de enfatizar o quanto se sente realizado em muitos aspectos de sua vida. Aos 56 anos, casado há 36, e pai de um casal, uma moça de 25 e um rapaz de 29, o servidor se diz satisfeito ainda com os quase 38 anos dedicados ao Poder Judiciário. “Eu me sinto realizado por ter feito parte da evolução tecnológica da justiça. E quanto ao motociclismo, é uma paixão que me deu a oportunidade de conhecer novos lugares e novas pessoas, além de fazer muitos amigos”.

Autor da notícia: Secretaria de Comunicação - imprensa@tjms.jus.br